Wednesday, September 15, 2004

...ao Sr. Bagão Félix (Trabalhar, trabalhar)...

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...Dlão!... Dlão!...Dlão!...
Seis horas – bate o sino na cidade.
Saltam homens, mulheres e crianças,
Do leito consolação.
Os únicos pensamentos; não chegar tarde,
À fábrica, ao barracão onde trabalham...
Oh trabalhar, trabalhar,
Já não há esperanças,
Já não há solução,
De ver terminar
O tormento da civilização!

Correm homens atarefados,
Tropeçam mulheres em crianças e máquinas.
Correm homens preocupados,
Por entre massas injectadas,
No delírio da evasão.
Correm máquinas por cima de máquinas;
Oh, pobres diabos sem razão;
A vida para eles é trabalhar, trabalhar,
Em estrondo e confusão.

Correm, aceleram máquinas por cima de máquinas,
Para não deixarem fugir o dia
E caoticamente, chocam máquinas noutras máquinas,
Mutilando-se, semi – destruídas...
Mas as máquinas continuam a correr,
Senão acabam suas vidas,
E sem jamais pararem,
Aceleram, voam, chocam até se acabarem,
Pois como estão programadas suas mentes;
A vida delas é trabalhar, trabalhar...

PTL, Nov.1990


:: Coleman, working on chores

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